Cantinho do Gaúcho

OS SERRANOS - Conjunto musical gaúcho, fundado em 1968 em Bom Jesus, na serra do Rio Grande do Sul.
No início, uma dupla de acordeonistas - Edson Becker Dutra e Frutuoso Luis de Araújo, ambos nascidos em Bom Jesus.
A dupla gravou seu primeiro disco - um compacto duplo - em 1969 - na gravadora Copacabana, tendo como padrinho e apoiador, Honeyde Bertussi.  Este, já artista famoso à época, escreveu uma carta de recomendação àquela gravadora e OS SERRANOS se foram para São Paulo e... gravaram!!!
Os destaques deste primeiro disco foram: Minha Querência (chote em homenagem a Bom Jesus) e a valsa Suspiro de uma saudade.
Três anos mais tarde, voltaram a São Paulo e, pela gravadora Califórnia, gravaram o primeiro LP - Nostalgia Gaúcha - , já fazendo sucesso com Terol do Tio Domingos e a milonga Chimarreando.
Nos anos seguintes estiveram contratados pela gravadora Chantecler, com a qual lançaram nove LPs, todos com grande destaque.
Mais tarde, assinaram contrato com outras gravadoras igualmente importantes: RGE, Som Livre, ACIT e Galpão Crioulo Discos.
OS SERRANOS fazem shows e bailes por muitos lugares Brasil e também se apresentam em cidades de países do Mercosul. Igualmente, atuam em feiras, clubes e CTG's.
 Tem 26 discos inéditos, sendo um dos conjuntos que mais vende discos no seu gênero, no país.

Foi o pioneiro na realização de um CD voltado para o Mercosul, no caso, Mercosul de Canções.
 Foram feitas gravações conjuntas com importantes artistas do Uruguai, Argentina e Paraguai.
Tem Três discos de ouro. "Isto é... Os Serranos", "Bandeira dos Fortes" e "Os Serranos Interpretam Sucessos Gaúchos".
Em 2009 foi indicado ao Grammy Latino, na categoria de melhor álbum de música de raízes Brasileiras - Regional - , pelo CD Os Serranos - 40 anos - Sempre Gaúchos!
Recebeu diversas premiações que estão elencadas no "release" deste site.
Tem 2 DVDs gravados, Os Serranos ao Vivo na Expointer e Os Serranos 40 anos - Sempre Gaúchos.





A Origem das Danças

  Bugio

      Tem sua origem reclamada por dois municípios, que tratam de divulgá-lo  através de seus festivais: São Francisco de Assis (fronteira oeste) e  São Francisco de Paula (região serrana) se consideram pais do Bugio. O  processo de criação do Bugio foi inspirado no "ronco" do bugio, macaco  que habita nossas matas, correndo sério risco de ser extinto. 
     
     Da  imitação desse ronco reproduzido pelo acordeon foi criado um novo ritmo que teria em São Chico de Assis, São Chico de Paula e de toda a  região serrana um solo fértil para seu desenvolvimento. A maneira de  dançar o Bugio também é inspirada nos movimentos desse macaco.
 Chamamé

      Chegou no Brasil pelo Rio Uruguai e sendo difundida pelas rádios  argentinas no interior do Rio Grande do Sul, dando a conhecer valores  como Ernesto Montiel e Tarragó Ros (pai) e muitas outras "legendas do Chamamé". Na realidade "el Chamamé" foi um feliz "contrabando" que chegou para fazer parte de nossa cultura. 

     A interpretação do chamamé pode ser a solo ou em duo, sendo essa modalidade vocal mais apreciada.

     Podendo ser dançado aos pares ou sapateado em sua origem, o chamamé no Rio Grande do Sul se diferenciou na maneira que os bailadores daqui deram a este ritmo. Importante ressaltar é a versatilidade deste gênero, que vai desde um calmo chamamé- canção em tom maior ou menor, a um chamamé bem bagual em andamento bastante rápido quase uma polca.

   Vinculado ao chamamé está essa manifestação denominada "Sapukay" que nada mais é que o grito dado espontaneamente pelos chamameceros no momento em que lhes dá gana ou no final de cada tema.
 
 Chamarrita

     É um ritmo de origem açoriana e madeirense (arquipélagos portugueses no Atlântico). É executado em tom maior, com raras exceções em tom menor. A Chamarrita está entre o ritmos comuns às três pátria gaúchas: Argentina, Uruguay e Brasil. No Rio Grande do Sul, a Chamarrita está bastante identificada com costumes e temáticas campeiros. 

     Além da Chamarrita mais galponeira, temos as versões mais executadas pelos conjuntos de baile, adaptadas a um ritmo mais bailável. A Chamarrita também é conhecida como Chamarra ou Chimarrita.
 
 Milonga Arrabalera

      Como o próprio nome diz: Milonga del "Arrabal" (urbana).      
     Esta é a Milonga que mudou-se do campo para cidade, transformando-se em baile, muito apreciada nos bailes riograndenses. Por ser uma milonga de origem urbana, a temática estende-se desde o campo até a cidade, falando de temas de amor e cotidiano. A execução ao violão, já não é arpejada como a Milonga mas rasgueada como no Tango dando assim um ar mais bailável. 

     Milonga "Milonga ritmo que pulsa no coração do Pampa. A palavra Milonga é de origem Bantú (povo que se localiza entre o Congo, parte da Angola e Zaire). Na África designa-se "Milongo" como um feitiço de amor, que as moças utilizam para atrair seus pretendentes.

 Costuma-se dizer: - Essa menina me fez um Milongo! A apresentação da Milonga em versos é feita de várias maneiras, sendo elas em quartetos, sextilhas, oitavas e décimas. 

     Voltando à origem do ritmo da milonga nos deparamos com a célula rítmica encontrada em Cuba na "Contradanza Francesa", na "Danza Cubana" e na "Habanera". A mesma célula rítmica também chamada "Ritmo de Tango" ou "Tango Congo".
 
 Rancheira

      Este ritmo bem crioulo (autêntico) em compasso 3/4 encontra paralelo em vários outros gêneros Latino Americanos deste estilo, tais como o "Pericón" uruguaio ou o "Joropo" venezuelano. Outra característica que o aproxima da América Hispânica é o "Sapateado" que é uma das maneiras de se dançar a Rancheira. 

     A maneira mais comum de se dançar a Rancheira é a marcação dos pares do ritmo como pequenos pulinhos ou "puladinho". Outra modalidade bastante apreciada pelos bailadores á a Rancheira de Carrerinha em que os pares alinhados executam várias coreografias em momento de grande descontração. Como em outros gêneros bailáveis do RGS a gaita (acordeon, cordeona) tem papel de destaque, sendo a solista principal e contando coma participação do violão ou gaita a meio do tema.
 
 Rasguido Doble

      Juntamente com o Chamamé, o Rasguido Doble é outro gênero que nos vem "contrabandeado" do litoral argentino, toda essa região compreendida entre os rios Uruguai e Paraná abrangendo províncias como Corrientes, Missiones e Santa Fé. O Rasguido Doble é um gênero bem diversificado.
 
      Pode ser executado de maneira bem cadenciada deixando a melodia fluir lentamente ou mais ligeiro. O nome Rasguido refere-se ao "rasgueado" violão que vai dar o acompanhamento necessário para sua parceria, a cordeona (acordeon), soltar-se em inspiradas melodias e acordes, sendo o Rasguido Doble cantado ou instrumental. 

     Os principais responsáveis por trazerem este ritmo musical para as terras Riograndenses foram o missioneiros, cantores e guitarreirros como Noel Guarany, Cenair Maicá e Luís Carlos Borges, que sempre incluíram em seus repertórios vários Rasguidos como "El Rancho y la Cabicha", "Puente Pexoa" e "El Cosechero", este último do criativo compositor Rámon Ayala, da província de Missiones.
 
 Vanera

      A origem da Vanera é no ritmo cubano Habanera, que é como era grafado o ritmo. Da Habanera para atual Vanera, várias modificações foram feitas, na grafia e no andamento bem mais rápido, para se tornar bailável. Ao longo de mais de três décadas, os conjuntos de baile gaúchos (fandangos) vêm desenvolvendo com sua experiência e criatividade vários padrões rítmicos em seus instrumentos típicos: acordeon, guitarra, baixo, bateria e pandeiro. Quer em suas apresentações ao vivo ou em suas gravações.

     A Vanera conquistou um espaço privilegiado nos bailes gaúchos, sendo hoje, presença marcante e obrigatória em qualquer Fandango que se preze.
 
 Vanerão

      Também conhecido como limpa banco, tem o andamento mais rápido do que a Vanera. O Vanerão presta-se para o virtuosísmo do gaiteiro de gaita piano ou botonera (voz trocada), sendo assim muitas vezes um tema instrumental. 
     
     Quanto a forma musical, o vanerão pode ser construído em três partes (rondó), utilizado em ritmos tradicionais brasileiros como o choro e a valsa. Quando cantado, dependendo do andamento e da divisão rítmica da melodia, exige boa e rápida dicção por parte dos intérpretes. 

     O Vanerão com sua vivacidade exige bastante energia, tantos dos músicos, como dos bailadores de fandango.
 
 Xote

      O Xote gaúcho tem origem no 'schotis' europeu e sofreu aqui algumas mudanças que são naturais a qualquer manifestação cultural que tenha migrado de um continente a outro com características distintas, porém sem perder a essência de seu precursor europeu dotado de inspiradas melodias. 

     É um dos poucos ritmos de andamento quaternário que se tem aqui no RGS, sendo que a melodia está em divisão de colcheias pode em certas partes dobrar para semi colcheias, o que serve para os executantes demonstrarem todo seu virtuosismo, principalmente o acordeon, o violão ou guitarra. 

     Por seu andamento médio, o xote dá condições a que os pares dancem de maneira figurada realizando as mais variadas coreografias. O Xote com sua vivacidade e alegria é um gênero, cantado ou instrumental indispensável nos bailes gaúchos.
 
 Dança dos Facões

      Danças de esgrima, em que, ao invés de porretes ou bastões, se usam espadas ou facas de verdade, são registradas na Ásia, na Europa Oriental, na África muçulmana, em regiões onde se encontram aglomerados predominantemente masculinos. 

     Cada dançarino mune-se de dois facões, afiados, e as evoluções exigem destreza, acuidade, reflexos rápidos
 
 Chula

      A Chula Dança muito difundida em Portugal e também dançada pelos Açorianos. A Chula caracteriza-se pela agilidade do sapateio do peão ou diversos peões, em disputas, sapateando sobre uma lança estendida no salão. 

     A chula era dançada apenas por homens e sempre em desafio. Citada como espécie de jogo típico dos gaúchos por Nicolau Dreys em seu livro "A notícia descritiva da Província do Rio Grande de São Pedro do Sul" é, provavelmente, originária do Minho e do Douro, do folclore português, embora alguns estudiosos relacionem-na com o Lundú ou o Baião, com relação à música.

      A chula tradicional era dançada da seguinte forma: Dois dançarinos ficavam frente a frente tendo entre si uma lança de quatro metros de comprimento. Um dos oponentes executava uma seqüência de difíceis passos coreográficos indo até a extremidade oposta da lança e retornando ao seu lugar de origem. Ao segundo oponente cabia, então, repetir o passo do primeiro e fazer um mais difícil, ao que o seu oponente deveria proceder da mesma forma. Perdia a disputa aquele que saísse do ritmo, errasse o passo, perdesse o ritmo ou chutasse a lança. 

     Ultimamente suas regras foram modificadas, adaptando a chula aos campeonatos regionais, os rodeios, mas a idéia de criatividade e difícil execução dos passos como objetivo da disputa foi mantida, o que a tem tornado o concurso individual mais procurado do meio tradicionalista.
 
 Malambo

      O malambo é, assim como a chula, uma dança de desafio, proveniente de nossos irmãos gaúchos platinos.      

     Existem diversos tipos de malambo, de acordo com a região platina em questão. Os mais conhecidos entre nós são o Norteño, com passos curtos e música dividida em seções de quatro compassos musicais e o Sudeño, com passos alternados um pouco mais longos e outros tão breves quanto os do Norteño. Para quem dança, o famoso papito-pá-pá" define muito bem esse estilo de malambo quanto ao ritmo.

      Existem variantes dos mais diversos tipos para o malambo, sendo que uma das mais engraçadas aos olhos do público e ao mesmo tempo uma das de mais difícil execução é a simulação da doma pelo peão, onde este finge estar montando "em pêlo" um cavalo bravio, ou caballo cimarrone, e tem que se manter em cima do lombo do animal durante seu corcovo. Quanto mais agitar os braços durante a execução dos passos, maior a habilidade do "domador" em vencer o animal. Mas é claro que essa é apenas uma das variantes existentes para a dança do malambo.

     O malambo está presente em nosso meio tradicionalista sob a forma de apresentações de alguns grupos de dança, uma vez que não existem concursos dessa modalidade nos rodeios e festivais dos gaúchos Rio-grandenses, pelo menos por enquanto, pois a cada dia, têm sido mais incorporado ao nosso folclore, por sermos de uma cultura irmã proveniente.

Gastronomia Gaúcha

A natureza do Brasil ofereceu, tanto a seus habitantes primitivos como aos colonizadores (que, aqui aportaram) grande variedade de alimentos. 

Outros aclimataram-se, por introdução dos portugueses, ao fazer roças, hortas e fomentar criações domesticas (galinhas, porcos, ovelhas, cabras, gado vacum). Especiarias, sal, açúcar foram valiosas contribuições trazidas pelo português à cozinha brasileira.
Segundo Câmara Cascudo (História da Alimentação no Brasil) “todos os pratos nacionais são resultantes de experiências construídas lentamente, fundamentadas na observação e no paladar. Maneiras de preparar a comida, receitas, utensílios empregados, tudo mesclou-se e adaptou-se às possibilidades do meio.
Heranças ameríndias, bem como africanas, transformaram-se, ajustaram-se ao tempero e ao sabor portugueses, às exigências dos utensílios da cozinha européia, ao fogão, ao forno.
Inúmeros pratos conservam, ainda, nome indígena ou africano; mas quase nada existe de autentico na substância real.
Quanto a outras influências, observa o autor citado: “...houve um processo da aculturação continuo na cozinha brasileira que ainda não terminou, pois está sendo enriquecido por inúmeros grupos migratórios”.
Na alimentação do sul-rio-grandense, além das contribuições dos colonos de várias etnias, verifica-se a introdução de pratos internacionais, especialmente em área urbana, em restaurantes diferenciados.
Para o estudo da cozinha gaúcha, devem-se considerar as particularidades regionais: a Praiana (à base de produtos do mar); a cozinha da Campanha e Missões (predominando as carnes vacum e ovina); a da região dos Campos de Cima da Serra (onde o pinhão tem presença e o café com graspa sobrepõem-se ao chimarrão).
O churrasco, assimilado por diversos grupos, é largamente apreciado reunindo pessoas em dias festivos. O arroz “carreteiro” aparece em quase todo o Estado.
É herança indígena na cozinha gaúcha: utilização da mandioca e de seus produtos (farinha, tapioca, beju, pirão, mingau); uso do milho assado, cozido e seus derivados (canjica, pamonha, pipoca, farinha). Aproveitamento, de plantas nativas (abóbora, amendoin, cara, batata-doce, banana, ananaz). Cozimento dos alimentos na tucuruva (trempe de pedras), no moquém (grelha de varas) para assar carne ou peixe. Preparo do peixe assado envolvido em folhas; moqueca e também paçoca de peixe ou de carne (feita no pilão). Uso de bebidas estimulantes: mate e guaraná.
A mulher portuguesa valoriza os produtos do solo americano; aproveitou as especiarias da Índia (cravo, canela, noz-moscada). Criou novos pratos, adaptou outros e conservou algumas receitas tradicionais (bacalhoada, caldo verde, acorda, pasteis, empadas, feijoada, cozido, fatias douradas, coscorões, pão-de-ló, papo-de-anjo, sonhos, pães, compotas, marmeladas, frutas cristalizadas, licores.
A culinária luso-brasileira pode ser assim distribuída pelas regiões gaúchas: Litoral (com influência açoriana) – peixe assado, grelhados, fervido, desfiado, moqueca de peixe, siri na casca, marisco ensopado, arroz com camarão, camarão com pirão. Pirão de água fria, pirão cozido, farofa, cucus torrado, beju, angu de milho, mingau de milho verde, paçoca de carne desfiada, lingüiça frita, feijão mexido, fervido de legumes, açorda, canja, galinhada, fervido de suquete (osso buco), mocotó, bolo de aipim, pães caseiros, “massas doces” (pão doce sovado) “farte” (pão com recheio de melado), melado com farinha de mandioca, roscas de polvilho, roscas de trigo (fritas), rosquetes, “negro deitado” (bolo de panela), bolo frito, sonhos, omelete de bananas, banana frita, pão-de-ló, sequilhos, rapaduras (com diferentes misturas), pé-de-moleque, “puxa-puxa”, balas diversas, pasteis doces e salgados, doce de panela (de frutas), doce de leite, amobrosia, fatias douradas, bolos, pudins, empadas.
Bebidas – Concertada (vinho com água e açúcar), Queimadinha (queimar cachaça com açúcar), Licores diversos (de vinho, de ovos, de butiá, de abacaxi etc), Café, mate-doce.
Cozinha Depressão Central (influência açoriana e outras) – Canja de galinha, sopas diversas, feijoada, feijão branco, fervido (com legumes e carne), feijão mexido, quibebe, paçoca de favas, arroz de forno, carne de panela, carne assada no forno, bife enrolado, bife à milanesa, guizado de carne, bolo de arroz, pão recheado, empadas, pasteis, “rosinhas” de massa, ovos mexidos, ovos escaldados, “roupa velha” (sobras), peixe recheado, peixe escabeche, peixe frito, bacalhoada, bolinho de bacalhau. Conservas de pepino e cebola. Galinha assada, galinha recheada, arroz com galinha. Pães de forno, pão de panela, “mãe-benta”, biscoitos, “calça-virada”, coscorões, fatias-do-céu, merengues, broas, pudim de laranja, ambrosia de laranja, “manjar celeste”, pudim de pão, “ovos moles”, “fios-de-ovo”, arroz-de-leite, “bom-bocado”, mandolate, balas de leite, de mel, tortas (doces), pé-de-moleque, “farinha de cachorro” (farinha de mandioca com açúcar).

Bebidas: gemada com vinho, licor de vinho, licores com furtas, vinho de laranja.
Cozinha da Campanha – Carnes (vacum, ovino) grelhada, no espeto, no forno. Arroz “carreteiro”, espinhaço de ovelha ensopado, pasteis, empadão, feijão, “cabo-de-relho” (sobras). Pães caseiros (ao forno), pão “catreiro” ou “de pedra” (aquecidos sobre pedra ou chapa quente), roscas de milho, “farinha de cachorro”, ambrosia de pão, doces de “panela” (marmelada, e em calda).

Bebidas: chimarrão.
Cozinha “Serrana” – Carne assada, frita, mocotó, feijoada (de feijão preto e branco), charque com mandioca, paçoca de pinhão com carne assada, couve refogada, couve com farinha, galinha assada, arroz com galinha e quirela de milho, batata-doce, moranga, milho cozido, cuscuz, farinha de biju com leite. Doce de gila, “jaraquatia”, sagu com vinho, arigones, arroz doce, doce de frutas (pêssego, figo, pêra), ambrosia, doce de leite, “chico balanceado” (doce de aipim), doce de batata doce.

Bebidas: “Camargo” (café com apojo), quentão de vinho, café com graspa.
Cozinha da região Missioneira - Carnes (vacum, ovino) assada no forno, no espeto, grelhada, frita na panela, sopa de lentilhas, sopa de cevadinha, feijoada, “puchero”, “gringa” (moranga) caramelada, pirão de farinha de milho, canja, couve com farofa, matambre com leite, fervido de espinhaço de ovelha com aipim. Canjica, guizado de milho, pasteis, empadão, revirado de galinha, revirado de sobras, lingüiça frita, paçoca de charque, galinha assada. Pão de forno, pão de borralho, bolo frito, biscoitos, pão-de-ló, geléia de mocotó, doce de jaraquatia, pêssego com arroz, arigones, tachadas (marmelo, pêssego, pêra), doce de laranja azeda cristalizada, doce de leite, rapadura de leite, gemada com leite, bolos.

Bebidas: chimarrão, mate doce, mate com leite.
Colônia alemã – Carne de porco (assada e frita), wurst (lingüiça), chucrut (conserva de repolho), nudeln (massa), kles (bolinhos de farinha de trigo com batata cozida), conserva de rabanete, galinha assada, sopa com legumes e ovos, kas-schimier (ricota), kuchen (cuca), leb-kuchen (cuca de mel), mehldoss (doces de farinha de trigo), schimier (pasta de frutas), syrup (frutos cozidos com melado), weihmachts (bolachinhas), bolinhos de batata ralada, pão de milho, de centeio, de trigo, tortas doces. Café colonial (salgadinhos, salames, queijos, bolos).

Bebidas: Das bier - cerveja, chop. Spritzbier (gengibirra). Assimilaram o chimarrão.
Colônia Italiana – Brodo (caldo de carne), carne Lessa (carne cozida n´agua), capeleti (massa com recheio de carne picada) o mesmo que Agnolini, menestra ou aminestra (sopa, canja), galeto a menarôsto ( frango no espeto), ravióli (massa com recheio), tortei (pastel cozido recheado com moranga ou abóbora), macarôn (massa), spagueti (massa cortada), fidelini (massa fina), polenta (angu de farinha de milho), risoto (arroz com galinha e queijo ralado), pizza (massa de pão com molho e queijo), pera cruz (bolo fervido em calda de frutas), pães de trigo e milho, panetone (pão com frutas cristalizadas), salames, queijos.